domingo, 24 de outubro de 2010

EIXO 6

Após, uma visita detalhada no eixo 6, fiquei me questionando sobre o ensino para pessoas com necessidades especiais através de PA. Lendo o texto Práticas educativas: Perspectiva que se abrem para a Educação Especial, Anna Maria Lunardi Padilha, onde me foquei principalmente no que diz respeito “as práticas educativas” Vigotski chama de “novo ponto de vista” o que podemos chamar de “um novo olhar”, este se refere para as limitações e possibilidades dos deficientes. Neste contexto a escola especial precisa estar preparada quanto à sua concepção de sujeito, de mundo, de sociedade, de deficiência, de desenvolvimento e aprendizagem, para poder conhecer mais e melhor sobre as características das crianças e jovens que nela circulam. Como estou construindo meu TCC com tema UM NOVO OLHAR SOBRE UMA PRÁTICA EM SALA DE AULA, fiz um gancho entre os dois textos no que se refere a prática pedagógica. Para Souza, prática pedagógica deve ter relação com a vivência social, partindo de um contexto maior – não apenas na esfera escolar-que ao produzir aprendizagem desenvolve a ação política, como também pode ser aquela em que são oferecidas atividades que levem a transformação com o despejo de conteúdos a serem cumpridos. Tentando compreender ambos, é possível sim também desenvolver uma prática baseada nos projetos de aprendizagem, porém, o professor tem que levar em conta estes aspectos fundamentais para que tanto a escola como sua prática andem juntos, alinhados com os mesmos propósitos e objetivos, assim o professor desenvolverá uma prática baseado nas curiosidades dos alunos.

PROJETOS DE APRENDIZAGEM



Visitando o eixo 5, novamente a interdisciplina “seminário integrador” veio me trazer boas lembranças e contribuir muito para refletir sobre minha prática pedagógica que é o foco principal do tcc.
Quando fomos motivados a escolher e desenvolver um projeto de aprendizagem, lembro que este não se mostrava assim tão motivador e fácil de desenvolver, tudo era difícil e muito e complicado. No inicio de meu estágio não foi diferente, tinha medo de me lançar ao novo, achei muito complicado e desafiador trabalhar com os PA, porém, depois de muita conversa e incentivo da supervisora dei inicio aos PA com minha turma. Hoje percebo que valeu a pena estudar e me desfiar ao novo.
Assim, no eixo V surgiu algo muito interessante para nós: a pesquisa.
Por meio dela vamos percebendo a importância da descoberta do que está a nossa volta e que muitas vezes não percebemos e nem conhecemos sua história.
Ir em busca da nossa curiosidade, e trabalhar com esta metodologia com nossos alunos, dando voz as suas perguntas, descobrindo algo que realmente queremos e nos envolve, é o ponto de partida de uma pesquisa, tanto para nós, alunas/professoras como para nosso educando. Descobrir como se faz PA também foi assim, uma pesquisa, uma descoberta...um desafio...hoje no meu TCC, mais específico no que estou escrevendo, UM NOVO OLHAR SOBRE UMA PRÁTICA EM SALA DE AULA
tento explicar esta prática vivenciada por mim, baseada em arquiteturas pedagógicas, pois “as arquiteturas pressupõem aprendizes protagonistas” (CARVALHO, Marie Jane Soares [et al]).
Assim fui vivenciando ao longo do curso uma experiência onde me tornei uma estudante protagonista, capaz de refletir sobre a minha prática. Também fui capaz de permitir aos meus alunos experiências onde eles foram os construtores de suas aprendizagens, hoje relatado com ênfase no meu TCC.

Referência:
CARVALHO, Marie Jane Soares; NEVADO, Rosane Aragon de; MENEZES, Crediné Silva de. Arquiteturas pedagógicas para educação à distância.

sábado, 9 de outubro de 2010

EIXO 4

Neste eixo 4 dei uma observada em todas as disciplinas, sei que todas foram muito importante para meu crescimento profissional, mas posso afirmar que uso mais na em minha prática é a disciplina de Matemática. Porém, a que mais foquei e que contribuiu para minhas aulas e no estágio, foi o desafio de fazer “ perguntas” proposto pelo Seminário Integrador neste semestre IV. Lembro como se fosse hoje, a professora Marie Jane fazendo colocações sobre nós fazer o uso desta prática, confesso que no momento achei quase impossível. Contudo, foi por esta atividade que hoje escrevo meu TCC e posso comparar duas práticas: uma antes e outra depois de desenvolver Projetos de Aprendizagem com meus alunos. Lembro o quanto foi difícil perguntar, e mais ainda permitir que meus alunos perguntassem. Relembrando as “perguntas inteligentes” estudadas lá neste Eixo e muito bem abordadas por Beatriz C. Magdalena e Iris Elisabeth Tempel Costa, autoras importantes nas reflexões que fiz no meu estágio depois que optei pela prática de PAs.
Cabe a nós professor incentivá-los a raciocinar, através de questionamentos variados, pois o aluno precisa transitar livremente, pelos seus pensamentos, para compreender as relações externas do seu mundo e do mundo que o cerca. Por isso a necessidade de abrir espaço para perguntas aos nossos alunos, desfiando-os a pensar, construir hipóteses e alimentando seus interesses e curiosidades. Como disse Rubem Alves "É fácil obrigar o aluno a ir à escola. O difícil é convencê-lo a aprender aquilo que ele não quer aprender.”
Estas atividades a cerca das “perguntas” abriram caminhos para uma prática diferenciada. Consegui perceber o real objetivo que um professor deve ter com seus alunos. A construção do conhecimento deve ser o foco principal, partindo de interesses comuns aos alunos. Abrir espaço para que os alunos possam perguntar questionar, lançar desafios, possibilita uma prática voltada à pesquisa de assuntos de seus interesses, fazendo com que conseguimos trabalhar diversas áreas do conhecimento em um mesmo assunto, pois sabemos que tudo está interligado e que um conhecimento leva a outro.
Ao professor cabe a tarefa de mediar esta construção, pois apresentamos condições de termos um olhar sobre o todo. Devemos orientar os alunos sobre os caminhos que podem percorrer na construção de conhecimentos, evitando que o aluno se perca em seus objetivos.
. Depois de muito estudo, experiências e reflexões de minha prática é que posso afirmar que “só buscamos respostas quando temos uma pergunta, só procuramos alguma coisa quando sentimos necessidade e temos uma idéia acerca do que queremos encontrar”. ( MAGDALENA e COSTA, 2003).
Hoje meus alunos perguntam, questionam e duvidam mais, e por isso a produção escrita e a leitura também é muito maior, e os objetivos vão sendo alcançados por meio de uma única questão que dá início a uma série de descobertas.

EIXO 3 2010/2

Estive visitando o eixo 3, e relembrando alguns aspectos abordados neste semestre, destaco aqui a interdisciplina “Ludicidade e Educação”.
Durante todos estes anos de atividade docente, inclusive no meu estágio sempre me preocupei com o brincar na sala de aula, pois muitas vezes nestas atividades é que os alunos se envolvem e provam que são capazes.
Segundo a psicopedagoga Tânia Ramos Fortuna “Uma das característica da ludicidade é exatamente o quanto ela nos conecta conosco e com o mundo, pintando com tons a importância a tudo o que nos cerca.
O brincar é fundamental para o desenvolvimento do ser humano. Por intermédio da relação com o brinquedo, a criança desenvolve a afetividade, a criatividade, a capacidade de raciocínio e o entendimento com o mundo.
Neste contexto é fundamental que a professora proporcione atividades lúdicas aos seus alunos, por que mais do que ser uma atividade espontânea e natural, o brincar favorece o desenvolvimento e a aprendizagem a pessoa que brinca.
Como disse Tânia Fortuna “uma aula lúdica, que consegue estabelecer um clima de desafio, de surpresa e mistério para quem aprende e para quem ensina, é uma aula que contribui para a aprendizagem afetiva deste aluno.”
É de suma importância que o professor proporcione a utilização das brincadeiras e dos jogos no processo pedagógico, pois os conteúdos podem ser trabalhados por intermédio de atividades lúdicas contribuindo, dessa forma, para o crescimento da criança, de forma prazerosa e criativa, numa proporção que tornara estes momentos mais significativos para sua vida.
No meu TCC o que quero mostrar é puramente esta prática diferenciada, baseada na concepção de que os alunos podem aprender de maneira autônoma, partindo de seu interesse e contextualizando conceitos escolares num mundo de brincadeira e imaginação que lhes pertence. Um exemplo bem real são as atividades de matemática, que uma vez transformadas em jogos, todos alcançam objetivos de forma “natural”, e a aprendizagem é uma construção verdadeira.