sábado, 13 de novembro de 2010

EIXO IX

Meu trabalho como educadora iniciou-se por volta de dez anos. Sempre preocupada com as aprendizagens de meus alunos, busquei todo o tempo desenvolver uma prática voltada para a construção do conhecimento.
Mesmo assim, não estava satisfeita, não via à escola, da forma como ela se apresentava, a melhor maneira de desenvolver as potencialidades que acreditava que meus alunos tinham.
Ao participar da faculdade de Pedagogia, de programas de formação, aprofundamento nas leituras e trocando experiências com outros profissionais, tive a oportunidade de conhecer uma nova metodologia de trabalho. Entendi que a minha prática pedagógica estava ultrapassada, e com o passar do tempo, são exigidas novas habilidades e competências do professor, no sentido de propiciar condições para que o aluno construa e/ou reconstrua conhecimento com qualidade.
Nesta minha caminhada tenho buscado afirmação de meu papel, tentando estabelecer uma relação prazerosa entre o conhecimento e a escola. Para tanto, percebi que preciso, diante de mudanças, fundamentar-me e avaliar-me como aprendiz e, principalmente, mudar meus esquemas de aprendizagem para poder posicionar-me de outra forma e acompanhar, em minha práxis, os desafios e a complexidade que o meu ambiente exige.
Foi justamente na aula da professora Marie Jane, no eixo V do Seminário Integrador, que a mesma expos que nós professores deveríamos trabalhar a partir das perguntas, curiosidades dos alunos, dando voz e mais autonomia ao educando. Confesso que fiquei naquele momento pensando como seria trabalhar a partir das curiosidades dos alunos, imaginei como eu iria conduzir a aula, onde várias perguntas iriam surgir. Também neste momento fiquei imaginando os conteúdos, como eu poderia deixar de seguir aquela listagem previamente determinada. Foi neste momento que pedi licença para questioná-la, perguntando como poderia ocorrer uma prática baseada nas curiosidades dos alunos e como era possível conduzir a aula. Lembro que também fiz muitas críticas às colegas a respeito do que a professora havia falado, dizendo que era impossível uma aula com este propósito dar certo.
Foi durante a prática do estágio obrigatório, que me vi instigada, novamente pela professora orientadora, a aplicar a nova metodologia, tantas vezes estudada e debatida no curso.
O presente trabalho de tcc apresenta o tema A Prática de Projetos de Aprendizagem aliadas as TICs. Este tema se justifica pela importância de sua contribuição na aprendizagem dos alunos, evidenciada na minha caminhada acadêmica. Esta sugestão de trabalhar com Projeto de aprendizagem veio ao encontro do meu fazer pedagógico em sala de aula, evidenciando-se na prática de estágio.
Como professora, necessitava estar sempre buscando novos conhecimentos. Sentia que ainda tinha muito a aprender e dessa forma surgiu o questionamento: Como novas aprendizagens seriam construídas com os alunos do 4º ano das séries iniciais do Ensino Fundamental por meio de projetos de aprendizagem aliados as TICs?
Frente a esta problematização, considero o uso das tecnologias como um aliado ao processo do fazer pedagógico. Ao desenvolvê-lo com meus alunos, senti-me desafiada a não ser mais a detentora do conhecimento, mas sim, acompanhar e mediar a construção de suas aprendizagens, passando de meros expectadores para protagonista de suas experiências.
Para apoiar meus estudos, usei como referencial teórico Léa Fagundes. Fagundes (2007) argumenta que pensar em Projetos de Aprendizagem é acreditar em uma concepção de ensino diferente da atual na escola tradicional.

REPENSANDO O ESTÁGIO NO EIXO VIII

De todos os obstáculos durante o estágio obrigatório nas séries iniciais, realizado no Instituto Estadual de Educação Maria Angelina Maggi o que mais me intrigou foi à questão de iniciar o Projeto de Aprendizagem.
Confesso que achei muito difícil iniciá-lo, até porque era uma proposta inovadora e desafiadora. Não sabia por onde, e após inicial a cada nova etapa que surgia também era um desconforto, uma inquietação, uma angustia que teve fim no momento que recebi a visita da professora Marie Jane onde me orientou, onde pude esclarecer melhor minhas dúvidas quanto o desenvolvimento do Projeto. Quanto as aprendizagens que o Projeto de Aprendizagem proporcionaram tanto para mim como para os alunos foi de muita troca, pois o mesmo proporciona um ambiente de trocas de experiência e construção de conhecimentos, é uma ótima ferramenta onde abre um grande leque para trabalhar variados conteúdos. Os conteúdos vão surgindo conforme os PA vão sendo construídos, conforme as descobertas e pesquisas que os alunos vão realizando e descobrindo perante o tema escolhido. Neste momento também percebi que quando damos voz para nossos alunos, as nossas aulas tomam rumos diferentes, trazem novas perspectivas para nosso trabalho pedagógico. Portanto a interação entre os alunos passa a ser um ato solidário, enquanto cooperativo. Um campo de trocas onde cada um ao portar e incluir os seus conhecimentos prévios trazidos de suas vivencias, e que está fora dos muros da escola, resgatando-os ao inseri-los enquanto conteúdo com o qual se identificam.
Assim, desta maneira a proposta é inovadora, se observar que: “A educação autêntica, repitamos, não se faz de A para B ou de A sobre B, mas de A com B, midiatizados pelo mundo. Mundo que impressiona e desafia a uns e a outros, originando visões ou pontos de vista sobre ele. Visões impregnadas de anseios, de dúvidas, de esperanças ou desesperanças que implicam temas significativos, à base dos quais se constituirá o conteúdo programático da educação” ( FREIRE, Paulo, em Pedagogia do Oprimido, pg.84). Portanto, após o termino do tcc, posso concluir que trabalhar com Projetos de Aprendizagem foi realmente um trabalho muito significante e gratificante para mim como professora que sempre esta em busca de novas metodologias de trabalho para desenvolver e oferecer para meus alunos uma aprendizagem que faça significado para sua vida.

EIXO VII

Visitando o eixo 7, priorizei Didática, Planejamento, Avaliação, tendo como foco principal Pedagogia de Projetos, pois veio ao encontro do assunto em destaque na construção do tcc, que é A Prática de Projetos de Aprendizagem Aliadas as TICs.
Na leitura que fiz detalhada do texto, Os projetos de trabalho: uma forma de organizar os conhecimentos escolares de HERNÁNDEZ , umas das principais diferenças entre os Projetos de Trabalho e Projetos de Aprendizagem é que no desenvolvimento dos PA por parte dos educando desfrutam a tecnologia como aliado no processo da construção do conhecimento.
A origem da palavra projeto deriva do latim “projectus”, que significa algo lançado para frente. Apesar de todo significado proferido pelos dicionários da Língua Portuguesa, o que interessa neste trabalho é o sentido que se tem conseguido captar através da ação com o Projeto de Aprendizagem. Ele é uma proposta nova. Segundo Léa.

Quando o aprendiz é desafiado a questionar, quando ele se perturba e necessita pensar para expressar suas dúvidas, quando lhe é permitido formular questões que tenham significação para ele, emergindo de sua história de vida, de seus interesses, seus valores e condições pessoais, passa a desenvolver a competência para formular e equacionar problemas. Quem consegue formular com clareza um problema, a ser resolvido, começa a aprender a definir as direções de sua atividade (FAGUNDES; MAÇADA; SATO, 1999 p. 16),

Os Projetos de Aprendizagem tornam-se significativos no momento em que a teoria e a prática se articulam através de um trabalho investigativo, coletivo, cooperativo, colaborativo e construtivo, que viabiliza a construção do conhecimento do educando, tornando assim seu trabalho mais produtivo, tendo como recurso o uso do computador, como fonte de pesquisa e trocas de experiência e aprendizagem conectado a Internet.
Fagundes (2007) argumenta que pensar em Projetos de Aprendizagem é acreditar em uma concepção de ensino diferente da atual na escola tradicional. Salienta que há diferenças entre o trabalho com Projeto de Ensino e com Projeto de Aprendizagem (PA). No Projeto de Ensino o professor que conduz o ensino, o tema a ser estudado, seguindo os conteúdos programáticos das disciplinas que constam no currículo da escola. No Projeto de Aprendizagem, os alunos que decidem o que querem aprender e investigar conforme suas curiosidades, se querem trabalhar em grupo ou individual. O professor passa a desenvolver um papel de mediador da aprendizagem, as decisões são tomadas coletivamente ao longo do processo. Os conteúdos surgem conforme os Projetos de Aprendizagem vão sendo conduzidos e construídos.


HERNÁNDEZ, Fernando; MONTSERRAT, Ventura. Os projetos de trabalho: uma forma de organizar os conhecimentos escolares. In: _____. A organização do currículo por Projetos de Trabalho. 5ª edição, Porto Alegre: Artmed, 1998.

domingo, 24 de outubro de 2010

EIXO 6

Após, uma visita detalhada no eixo 6, fiquei me questionando sobre o ensino para pessoas com necessidades especiais através de PA. Lendo o texto Práticas educativas: Perspectiva que se abrem para a Educação Especial, Anna Maria Lunardi Padilha, onde me foquei principalmente no que diz respeito “as práticas educativas” Vigotski chama de “novo ponto de vista” o que podemos chamar de “um novo olhar”, este se refere para as limitações e possibilidades dos deficientes. Neste contexto a escola especial precisa estar preparada quanto à sua concepção de sujeito, de mundo, de sociedade, de deficiência, de desenvolvimento e aprendizagem, para poder conhecer mais e melhor sobre as características das crianças e jovens que nela circulam. Como estou construindo meu TCC com tema UM NOVO OLHAR SOBRE UMA PRÁTICA EM SALA DE AULA, fiz um gancho entre os dois textos no que se refere a prática pedagógica. Para Souza, prática pedagógica deve ter relação com a vivência social, partindo de um contexto maior – não apenas na esfera escolar-que ao produzir aprendizagem desenvolve a ação política, como também pode ser aquela em que são oferecidas atividades que levem a transformação com o despejo de conteúdos a serem cumpridos. Tentando compreender ambos, é possível sim também desenvolver uma prática baseada nos projetos de aprendizagem, porém, o professor tem que levar em conta estes aspectos fundamentais para que tanto a escola como sua prática andem juntos, alinhados com os mesmos propósitos e objetivos, assim o professor desenvolverá uma prática baseado nas curiosidades dos alunos.

PROJETOS DE APRENDIZAGEM



Visitando o eixo 5, novamente a interdisciplina “seminário integrador” veio me trazer boas lembranças e contribuir muito para refletir sobre minha prática pedagógica que é o foco principal do tcc.
Quando fomos motivados a escolher e desenvolver um projeto de aprendizagem, lembro que este não se mostrava assim tão motivador e fácil de desenvolver, tudo era difícil e muito e complicado. No inicio de meu estágio não foi diferente, tinha medo de me lançar ao novo, achei muito complicado e desafiador trabalhar com os PA, porém, depois de muita conversa e incentivo da supervisora dei inicio aos PA com minha turma. Hoje percebo que valeu a pena estudar e me desfiar ao novo.
Assim, no eixo V surgiu algo muito interessante para nós: a pesquisa.
Por meio dela vamos percebendo a importância da descoberta do que está a nossa volta e que muitas vezes não percebemos e nem conhecemos sua história.
Ir em busca da nossa curiosidade, e trabalhar com esta metodologia com nossos alunos, dando voz as suas perguntas, descobrindo algo que realmente queremos e nos envolve, é o ponto de partida de uma pesquisa, tanto para nós, alunas/professoras como para nosso educando. Descobrir como se faz PA também foi assim, uma pesquisa, uma descoberta...um desafio...hoje no meu TCC, mais específico no que estou escrevendo, UM NOVO OLHAR SOBRE UMA PRÁTICA EM SALA DE AULA
tento explicar esta prática vivenciada por mim, baseada em arquiteturas pedagógicas, pois “as arquiteturas pressupõem aprendizes protagonistas” (CARVALHO, Marie Jane Soares [et al]).
Assim fui vivenciando ao longo do curso uma experiência onde me tornei uma estudante protagonista, capaz de refletir sobre a minha prática. Também fui capaz de permitir aos meus alunos experiências onde eles foram os construtores de suas aprendizagens, hoje relatado com ênfase no meu TCC.

Referência:
CARVALHO, Marie Jane Soares; NEVADO, Rosane Aragon de; MENEZES, Crediné Silva de. Arquiteturas pedagógicas para educação à distância.

sábado, 9 de outubro de 2010

EIXO 4

Neste eixo 4 dei uma observada em todas as disciplinas, sei que todas foram muito importante para meu crescimento profissional, mas posso afirmar que uso mais na em minha prática é a disciplina de Matemática. Porém, a que mais foquei e que contribuiu para minhas aulas e no estágio, foi o desafio de fazer “ perguntas” proposto pelo Seminário Integrador neste semestre IV. Lembro como se fosse hoje, a professora Marie Jane fazendo colocações sobre nós fazer o uso desta prática, confesso que no momento achei quase impossível. Contudo, foi por esta atividade que hoje escrevo meu TCC e posso comparar duas práticas: uma antes e outra depois de desenvolver Projetos de Aprendizagem com meus alunos. Lembro o quanto foi difícil perguntar, e mais ainda permitir que meus alunos perguntassem. Relembrando as “perguntas inteligentes” estudadas lá neste Eixo e muito bem abordadas por Beatriz C. Magdalena e Iris Elisabeth Tempel Costa, autoras importantes nas reflexões que fiz no meu estágio depois que optei pela prática de PAs.
Cabe a nós professor incentivá-los a raciocinar, através de questionamentos variados, pois o aluno precisa transitar livremente, pelos seus pensamentos, para compreender as relações externas do seu mundo e do mundo que o cerca. Por isso a necessidade de abrir espaço para perguntas aos nossos alunos, desfiando-os a pensar, construir hipóteses e alimentando seus interesses e curiosidades. Como disse Rubem Alves "É fácil obrigar o aluno a ir à escola. O difícil é convencê-lo a aprender aquilo que ele não quer aprender.”
Estas atividades a cerca das “perguntas” abriram caminhos para uma prática diferenciada. Consegui perceber o real objetivo que um professor deve ter com seus alunos. A construção do conhecimento deve ser o foco principal, partindo de interesses comuns aos alunos. Abrir espaço para que os alunos possam perguntar questionar, lançar desafios, possibilita uma prática voltada à pesquisa de assuntos de seus interesses, fazendo com que conseguimos trabalhar diversas áreas do conhecimento em um mesmo assunto, pois sabemos que tudo está interligado e que um conhecimento leva a outro.
Ao professor cabe a tarefa de mediar esta construção, pois apresentamos condições de termos um olhar sobre o todo. Devemos orientar os alunos sobre os caminhos que podem percorrer na construção de conhecimentos, evitando que o aluno se perca em seus objetivos.
. Depois de muito estudo, experiências e reflexões de minha prática é que posso afirmar que “só buscamos respostas quando temos uma pergunta, só procuramos alguma coisa quando sentimos necessidade e temos uma idéia acerca do que queremos encontrar”. ( MAGDALENA e COSTA, 2003).
Hoje meus alunos perguntam, questionam e duvidam mais, e por isso a produção escrita e a leitura também é muito maior, e os objetivos vão sendo alcançados por meio de uma única questão que dá início a uma série de descobertas.

EIXO 3 2010/2

Estive visitando o eixo 3, e relembrando alguns aspectos abordados neste semestre, destaco aqui a interdisciplina “Ludicidade e Educação”.
Durante todos estes anos de atividade docente, inclusive no meu estágio sempre me preocupei com o brincar na sala de aula, pois muitas vezes nestas atividades é que os alunos se envolvem e provam que são capazes.
Segundo a psicopedagoga Tânia Ramos Fortuna “Uma das característica da ludicidade é exatamente o quanto ela nos conecta conosco e com o mundo, pintando com tons a importância a tudo o que nos cerca.
O brincar é fundamental para o desenvolvimento do ser humano. Por intermédio da relação com o brinquedo, a criança desenvolve a afetividade, a criatividade, a capacidade de raciocínio e o entendimento com o mundo.
Neste contexto é fundamental que a professora proporcione atividades lúdicas aos seus alunos, por que mais do que ser uma atividade espontânea e natural, o brincar favorece o desenvolvimento e a aprendizagem a pessoa que brinca.
Como disse Tânia Fortuna “uma aula lúdica, que consegue estabelecer um clima de desafio, de surpresa e mistério para quem aprende e para quem ensina, é uma aula que contribui para a aprendizagem afetiva deste aluno.”
É de suma importância que o professor proporcione a utilização das brincadeiras e dos jogos no processo pedagógico, pois os conteúdos podem ser trabalhados por intermédio de atividades lúdicas contribuindo, dessa forma, para o crescimento da criança, de forma prazerosa e criativa, numa proporção que tornara estes momentos mais significativos para sua vida.
No meu TCC o que quero mostrar é puramente esta prática diferenciada, baseada na concepção de que os alunos podem aprender de maneira autônoma, partindo de seu interesse e contextualizando conceitos escolares num mundo de brincadeira e imaginação que lhes pertence. Um exemplo bem real são as atividades de matemática, que uma vez transformadas em jogos, todos alcançam objetivos de forma “natural”, e a aprendizagem é uma construção verdadeira.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Revendo o Segundo eixo do curso - 2006/2

No segundo eixo do curso estudamos as seguintes interdisciplinas
I - Desenvolvimento e Aprendizagem sob o Enfoque da Psicologia
II - Escolarização, Espaço e Tempo na Perspectiva Histórica
III - Fundamentos da Alfabetização
IV - Seminário Integrador II
V - Infâncias de 0 a 10 Anos
Após rever as interdisciplinas do eixo 2, selecionei e reli alguns textos, porém o que mais me chamou atenção foi sobre a alfabetização. Com o mundo globalizado e informatizado em que vivemos, sabemos que nossas crianças chegam a escola com uma” leitura de mundo que antecede a leitura da escola”.Os alunos chegam na escola com uma rica “bagagem” referente a aprendizagens diversas, pois o mundo é uma rica escola e muitos alunos chegam demonstrando conhecer letras, palavras, símbolos. Também recebemos alunos que não tem este conhecimento “da leitura de mundo”e devemos estar prontas para recebe-los, pois existem alunos que se apresentam em diversos níveis de aprendizagem. E para este desafio de termos alunos em diferentes níveis de aprendizagem temos que estar preparados,devemos ter em nossa sala de aula muitos livros, textos, gibis, jornais, revistas, etc..devemos fazer com que os alunos tenham contado direto com a leitura. Acredito que “aprender brincando” é maneira mais gostosa de se aprender e de se alfabetizar.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Tecnologia na educação

A inclusão das mídias nas escolas no momento que iniciou causou certo constrangimento, principalmente por parte de nós professores de como utilizá-las em nossas aulas. Antes dos computadores, nós utilizávamos a TV, o vídeo, o cinema, o som, porém de forma que o educando atuava como um ser passivo no processo de ensino aprendizagem, centrado na mera transmissão de conteúdos por parte de nós, professores.
Com o crescimento e desenvolvimento das tecnologias em todas as áreas da sociedade, a escola não poderia ficar para traz, também teve a necessidade de enquadrar-se nos moldes das novas formas de informação e comunicação que os mesmos proporcionam, a interação com o mundo. Porém, os reajustes necessários não ficam somente nas trocas de tecnologias, foi preciso inovar o processo de ensino-aprendizagem. É preciso uma nova postura de nós professores, um novo olhar sobre o aluno e sua condição de apropriar-se de seu conhecimento, onde o professor deixa de ter o papel centralizador de transmissor, assumindo uma postura de mediador.
Esta experiência vivenciei no estágio e com a longa caminhada de curso, onde tive a oportunidade de me aperfeiçoar e apropriar do uso da tecnologia, também com o uso de uma nova metodologia de trabalho que são os Projetos de Aprendizagem. Portanto, posso confirmar que muitas mudanças ocorreram e contribuíram para aprimorar minha prática. No início do curso lembro que pouco sabia sobre computador, agora procuro usar ao máximo em minhas aulas, na contribuição da construção do conhecimento de meus alunos e no meu uso diário, tanto para meu crescimento pessoal e profissional.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

TCC

Após o estágio cheio de novas descobertas, e uma experiência impar, estou focada na conclusão do TCC. Foram muitas as aprendizagens, porém, a que refleti mais foi em relação a nova prática de trabalho, onde percebi claramente o entusiasmo, a participação e interação do educando n caminhada do processo de construção do conhecimento, beneficiada por uma prática inovadora. Então, quando fui elaborar o relatório de estágio já elenquei como pergunta central “Projeto de aprendizagem na construção do conhecimento”, porém, depois da primeira aula de orientação com a supervisora Marie Jane e Juliana, ambas sugeriram que reformulasse a pergunta, pois, estava muito ampla. Após muita reflexão a pergunta ficou elaborada da seguinte maneira “Como os Projetos de Aprendizagem podem proporcionar uma prática diferenciada”. Mas novamente terei que refazer, pois a tutora Juliana achou que "prática diferenciada" esta muito ampla. No momento ela mencionou que era para ficar assim e me focar mais na leitura dos autores e de artigos.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Projeto de Aprendizagem


Os grupos se reuniram, e trabalhei de forma individual com cada grupo, foi muito produtivo e pude perceber melhor como os trabalhos estavam se encaminhando. Conversei com os integrantes de cada grupo onde fizemos uma analise para perceber se as perguntas secundárias e a principal estavam respondidas.
Foi muito interessante esta retomada com cada grupo, neste momento podemos perceber com mais clareza o que realmente cada um tinha de material e se os mesmos estavam respondendo suas perguntas. O grupo que está trabalhando sobre os terremotos estavam convictos que suas perguntas estavam todas respondidas, só que ao ler as perguntas e a primeira síntese perceberam que nem todas estavam respondidas e mais importante, eles estavam afirmando que no Brasil não ocorre terremotos por que não tem placas tectônicas, só que os mesmos se contradizem com a descoberta do primeiro terremoto que ocorreu no Brasil. Então fiz alguns questionamentos e eles compreenderam a incoerência que tinham cometido. E desta conversa surgirm mais dúvidas, e a certeza que eles tinham elencado passou a se tornar uma dúvida. No trabalho com PAs “o estudante torna-se produtor de conhecimento, abrem-se possibilidades dele se integrar a uma rede de autores, ao invés de um mero consumidor” (CARVALHO, Marie Jane Soares [et al]).


quinta-feira, 10 de junho de 2010

Reflexão

Trabalhar com os PAs está sendo uma conquista muito grande e inovadora, todos os dias antes mesmo de entrar na sala os alunos perguntam se é para formar os grupos, a emporgação e animação da turma é muito grande, e mais legal de tudo é perceber que eles pedem para trabalhar em cima das pesquisas não no sentido de se reunir só para conversar, bagunçar ou matar tempo, eles produzem mesmo, eles mostram interesse e prazer em realizar o trabalho. Realizando este trabalho me sinto uma professora que está proporcionando oportunidades para o crescimento e desenvolvimento de seus alunos, Rubem Alves dis que“Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas. Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo. Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado."

terça-feira, 1 de junho de 2010

Projetos de Aprendizagem

Quanto iniciei meu estágio achei muito difícil trabalhar com projetos de aprendizagem. Esta proposta é inovadora, desafiadora, mas agora que estou com ela em andamento estou percebendo o quando ele é uma ótima ferramenta onde abre um leque grande de conteúdos. Estes conteúdos não são determinados por mim eles surgem das descobertas e pesquisas que os alunos vão realizando e descobrindo perante o tema escolhido.
No início fui bem resistente para trabalhar com os PAs, não sabia por onde começar, até que um dia minha turma foi visitar um trabalho realizado sobre os primeiros moradores da comunidade de Alegrete. Foi uma visita incrível com um trabalho muito bem construído. Então voltamos para sala e começamos a falar sobre o mesmo e meus alunos ficaram motivados a fazer um trabalho de pesquisa referente aquele com a comunidade de Três Cachoeiras. Tudo certo, então pedi para eles listar as dúvidas e as certezas que eles tinham em relação a nossa comunidade. Só que nesse primeiro momento percebi que meus alunos estavam presos ao trabalho que tinham visto sobre a outra comunidade, então depois de algumas tentativas percebi que o projeto não decolava e mais uma vez estava eu desmotivada e sem nem uma empolgação para desenvolver o PA.
Só que as coisas tomaram um rumo diferente, num chat com a supervisora Marie Jane eu contei o que estava acontecendo, então ela me sugeriu que eu iniciasse outros PAs com outras curiosidades que os alunos apresentassem. Foi o que eu fiz, um dia pedi para eles escrevessem suas curiosidades numa folha de papel, e destas curiosidades formaram-se cinco grupos: Como forma os terremotos; Dois grupos sobre Animais em extinção; e mais dois sobre De onde vieram os dinossauros.
Agora estou com os PAs em desenvolvimento, a turma toda esta adorando seus trabalhos, todos se dedicando, entusiasmados com os trabalhos, todos os dias perguntam se vamos trabalhar com os PAs, enfim estou muito contente por ter acreditado e superado minhas angústias e medos.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Visita da Supervisora

Esta semana tive a visita de minha supervisora Marie Jane, estava ansiosa para recebê-la e para mostrar os trabalhos realizados pelos alunos em suas pesquisas no processo de construção e desenvolvimento dos PAs. Foi ótima sua visita, ela conversou com os alunos sobre o que eles estavam pesquisando e fez várias perguntas referentes aos trabalhos estigando-os mais ainda. Tudo aconteceu de forma natural e descontraída, meus alunos ficaram impressionados pelo fato de eu também ter uma professora e dela ter passados aqueles minutos conosco. Eu aproveitei para esclarecer algumas dúvidas e pedir mais algumas dicas. Conversamos bastante, ela me orientou e sugeriu que ainda eu trabalhasse mais as certezas e dúvidas, me propôs que eu sentasse com cada grupo e fosse olhando se o material que elas tinham pesquisado estava respondendo suas dúvidas e a pergunta central de cada grupo. A noite tivemos um encontro com todas as estagiárias e supervisora. Foi um momento de troca de experiências, de desabafos e angustias. Foi uma oportunidade única, muito reflexiva e de total inspiração para voltar a sala de aula e dar continuidade neste trabalho maravilhoso de descobertas e aprendizados impar.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Trabalhos em Grupo






Sobre os trabalhos realizados com PAs estou muito contente em ver os resultados, os alunos trabalhando em grupos, pesquisando sobre suas curiosidades e interesses. È um trabalho que não mostra desprendimento por parte dos alunos, pelo contrário, a cada dia que passa eles estão trazendo mais matérias relacionados aos seus assuntos, e para os colegas de outros grupos, alguns já fizeram cartazes referentes há suas pesquisas, enfim, está sendo um trabalho produtivo e com resultados surpreendentes, e como educadora sempre procurei trabalhar em grupos com meus alunos, pois considero muito importante a troca, a interação. O trabalho em grupo possibilita um maior intercâmbio entre as crianças, que trocam as suas vivências e suas impressões sobre as coisas, proporcionando uma produção coletiva do conhecimento. Penso que o trabalho em grupo favorece o ensino-aprendizagem, aliás, este é um assunto que foi muito abordado ao longo do nosso curso. Segundo Santomé [...] precisamente pelo fato de comparar conhecimentos, ponto de vista próprios com os dos outros, surgem conflitos sócio-cognitivos, motor de conhecimentos posteriores. A discussão das diferenças colocadas por cada integrante de um grupo de trabalho é uma das maneiras de passar de um conhecimento subjetivo, pessoal, para outro mais objetivo e intersubjetivo (SANTOMÉ, 1998, p 244). Portanto, trabalhar com PAs é mais um ponto positivo na caminhada da construção do conhecimento, principalmente trabalhos realizados em grupos. A interação entre os alunos é muito importante, como educadora sempre incentivei que eles se ajudem entre si, pois muitas vezes quando um aluno fica com dúvidas em um determinado conteúdo, as dificuldades podem ser sanadas com uma simples explicação do colega, na linguagem deles. É uma pena que muitos educadores não tem a percepção da importância do trabalho em grupo e que ainda mantém as formas tradicionais das aulas. O trabalho em grupo facilita a aprendizagem, pois a dúvida de um, partilhada no grupo, pode ser respondida por outro. É uma forma de fomentar o trabalho cooperativo, coletivo e solidário.

domingo, 23 de maio de 2010

Reflexão

A cada semana, dia que passa fico mais ansiosa perante os trabalhos realizados com os PAs, a cada nova etapa concluída e uma nova que se aproxima fico desacomodada sem saber se as coisas vão fluir. Mas conversando com os alunos com as colegas de estágio sempre acaba surgindo uma luz. Legal mesmo é ver todo o envolvimento dos alunos no processo de construção do trabalho, é sentir o comprometimento dos mesmos, e ver que cada dia que passa eles trazem mais materiais sobre suas pesquisas, é claro que tenho grupos que estão num estágio mais avançado, até porque o assunto abordado é mais fácil de encontrar. Mas o mais interessante é perceber que trabalhar com PA é uma metodologia que esta dando certo, apesar dos impasses das desacomodações e das inquietações, até por que é uma proposta nova e desafiadora, que esta causando muita reflexão e análise do trabalho, sem contar com toda correria.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Reflexão

Acho que vai ser bem mais proveitoso este novo recomeço do PA, pois senti que os alunos estão mais empolgados e envolvidos, até porque as curiosidades partiram de todos com diferentes assuntos, antes apenas alguns estavam empolgados com o tema escolhido e mediante uma proposta de atividade nova todos acataram como se fosse a única alternativa de trabalho, então estava sentindo que no início alguns alunos estavam animados no início mas depois percebi que a curiosidade estava ficando desmotivada.. Nesta nova proposta senti mais entusiasmo e comprometimento, já que todos tiveram a liberdade de optar por temas que viessem de encontro com suas curiosidades. Quando elenquei as perguntas mais solicitadas, percebi que alguns alunos estavam querendo trocar, pois estavam se dirigindo na formação dos grupos por afinidades, então expus que a proposta do nosso trabalho não era esse, que a formação dos grupos era através de curiosidades afins. Agora refletindo sobre esse momento posso perceber que realmente os alunos entenderam a proposta e como eles aderiram a mesma, demonstrando entusiasmo, e neste momento penso que por várias vezes sufocamos nossos alunos subestimando-os. Paulo Freire fala da “importância do papel do educador, o mérito da paz com que viva a certeza de que faz parte de sua tarefa docente não apenas ensinar os conteúdos, mas também ensinar a pensar certo”. Por muitas vezes penso na minha prática, sempre me questionando o modo de como ser um bom mediador no processo ensino aprendizagem cuidando para não fazer um trabalho no sentido vertical e sim no sentido horizontal.

sábado, 15 de maio de 2010

Reflexão

Referente ao PA que eu estava construindo percebi que os alunos estão muito preso ao que eles viram na visita ao colégio Fernando Ferrari, lá o trabalho foi desenvolvido referente aos primeiros moradores da comunidade, sobre os objetos utilizados antigamente, então a partir do mesmo surgiu a curiosidade de saber quem foram os primeiros moradores de TC e quais os objetos antigos que eles utilizavam no dia a dia. Por mais que eu tente desviar o foco eles sempre acabam voltando para o mesmo assunto, é como se estivéssemos andando em circulo. Quando parti para as certezas e dúvidas ai que ficou mais claro este rebate da visita. Por mais que eu tentasse desviar o foco não conseguia, as certezas era sobre o que eles viram lá e as dúvidas eram muito fora da curiosidade, estabeleceu uma confusão entre o que eles viram e o que realmente eles queriam pesquisar. E eu não consegui mais contornar a situação e fiquei completamente desmotivada a prosseguir com este trabalho. Então procurei a colega Simone, contei tudo e ela me sugeriu novas idéias, como começar outro PA, partindo de assuntos diferentes. Sugeriu que conversasse novamente com eles, e que eu levasse para sala uma caixa onde eles iriam escrever numa folha todas as curiosidades a respeito de assunto diferentes. A noite conversei no breeze com a professora Marie Jane, contei toda a situação para ela, e achou que eu deveria rever, e começar então um novo PA.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Reflexões

A turma que estou estagiando é a turma que trabalho, então fazer o estágio não esta sendo difícil, o que mais me deixa angustiada é a questão dos detalhes do planejamento. Não que não planejasse diariamente, mas é muito complicado planejar com dias de antecipação e tão detalhado. Fazer um esquema, um esboço no diário é mais simples.... Mas tudo bem é só a primeira semana, e tudo se resolve e vai dar certo....

terça-feira, 6 de abril de 2010

Reflexões sobre o Estágio

Desde o início do curso sempre fiquei ansiosa por este momento do estágio. Um dos motivos é que isso significa que estamos concluindo o curso, por outro lado é que estágio é o momento de aplicarmos tudo que aprendemos ao longo do processo de construção de nossa caminhada. Realmente é um momento de ansiedade, expectativas, nervosismo, porém ao mesmo tempo é mais uma etapa que está sendo concluído... É isso mesmo,um momento de muitas esperas e expectativas....